Casa de cultura e política
"Triunfo do Barroco"/foto CCB
Os trabalhos de construção do centro de reuniões, para acolher a sede da presidência portuguesa do Conselho das Comunidades Europeias, em 1992, chegaram a bom porto. O equipamento tem recebido, desde então, iniciativas de natureza diversa, como a audiência do Papa Bento XVI a personalidades da área cultural. Bill Gates, fundador da Microsoft; Al Gore, ex-vice presidente dos EUA; Tony Blair, ex-primeiro-ministro inglês; Angela Merkel, chanceler alemã, e Xanana Gusmão, herói da luta timorense, foram outros protagonistas políticos e empresariais que passaram pelo CCB.
O tenista Boris Becker, os actores Morgan Freeman e Michael Douglas, a coreógrafa Pina Bausch, o compositor Philip Glass, os pianistas Keith Jarrett e Brad Mehldau, as cantoras Patricia Barber e Gal Costa, o músico John Cale e o bailarino Mikhail Baryshnikov também fazem parte da história do equipamento lisboeta. No centro de espectáculos, o grande auditório (com 1429 lugares) foi inaugurado com a soprano Monserrat Caballé. O pequeno auditório (348 lugares) e a sala de ensaio (72) complementam a oferta de espaços com vocação predominantemente artística. Aqui se estrearam os portugueses The Gift; ensaiaram os Madredeus, antes de se revelarem ao público, e actuaram, entre muitos outros, Rodrigo Leão, Jorge Palma, Sérgio Godinho, Luís Represas ou Maria João Pires e Bernardo Sassetti.
O centro de exposições, inaugurado com o "Triunfo do Barroco", recebeu importantes mostras temporárias, como os trabalhos premiados pela World Press Photo, a obra do fotógrafo Sebastião Salgado ou as esculturas e instalações de Rui Chafes. O Governo, em 2007, decidiu instalar no centro de exposições a colecção de arte moderna e contemporânea do empresário Joe Berardo. O acordo, válido por dez anos, contempla a eventual aquisição pelo Estado do importante acervo artístico reunido pelo empresário madeirense, mas que a actual crise poderá deitar por terra.
Para Vasco Graça Moura, a ocupação do centro de exposições com o museu Berardo limita uma maior diversidade da programação em termos expositivos, mas também serve para manter em utilização um espaço que poderia ter dificuldades acrescidas para outro tipo de iniciativas com as actuais limitações orçamentais.
Miguel Leal Coelho, administrador do CCB, considerou, por seu lado, que a permanência da colecção Berardo para lá de 2017 “é uma questão política” que cabe ao Governo decidir. Mas o gestor não tem dúvidas sobre a existência de alternativas para o espaço: “Já havia CCB antes da colecção aqui estar e haverá centro cultural depois da colecção”. O espaço tem vindo a ser procurado para a realização de eventos comerciais, como forma de equilibrar o orçamento, numa cidade que viu aumentar nas últimas décadas novos pólos culturais e de lazer, como a Culturgest ou outras infra-estruturas no Parque das Nações.
Luís Filipe Sebastião
O tenista Boris Becker, os actores Morgan Freeman e Michael Douglas, a coreógrafa Pina Bausch, o compositor Philip Glass, os pianistas Keith Jarrett e Brad Mehldau, as cantoras Patricia Barber e Gal Costa, o músico John Cale e o bailarino Mikhail Baryshnikov também fazem parte da história do equipamento lisboeta. No centro de espectáculos, o grande auditório (com 1429 lugares) foi inaugurado com a soprano Monserrat Caballé. O pequeno auditório (348 lugares) e a sala de ensaio (72) complementam a oferta de espaços com vocação predominantemente artística. Aqui se estrearam os portugueses The Gift; ensaiaram os Madredeus, antes de se revelarem ao público, e actuaram, entre muitos outros, Rodrigo Leão, Jorge Palma, Sérgio Godinho, Luís Represas ou Maria João Pires e Bernardo Sassetti.
O centro de exposições, inaugurado com o "Triunfo do Barroco", recebeu importantes mostras temporárias, como os trabalhos premiados pela World Press Photo, a obra do fotógrafo Sebastião Salgado ou as esculturas e instalações de Rui Chafes. O Governo, em 2007, decidiu instalar no centro de exposições a colecção de arte moderna e contemporânea do empresário Joe Berardo. O acordo, válido por dez anos, contempla a eventual aquisição pelo Estado do importante acervo artístico reunido pelo empresário madeirense, mas que a actual crise poderá deitar por terra.
Para Vasco Graça Moura, a ocupação do centro de exposições com o museu Berardo limita uma maior diversidade da programação em termos expositivos, mas também serve para manter em utilização um espaço que poderia ter dificuldades acrescidas para outro tipo de iniciativas com as actuais limitações orçamentais.
Miguel Leal Coelho, administrador do CCB, considerou, por seu lado, que a permanência da colecção Berardo para lá de 2017 “é uma questão política” que cabe ao Governo decidir. Mas o gestor não tem dúvidas sobre a existência de alternativas para o espaço: “Já havia CCB antes da colecção aqui estar e haverá centro cultural depois da colecção”. O espaço tem vindo a ser procurado para a realização de eventos comerciais, como forma de equilibrar o orçamento, numa cidade que viu aumentar nas últimas décadas novos pólos culturais e de lazer, como a Culturgest ou outras infra-estruturas no Parque das Nações.
Luís Filipe Sebastião